Prezados (as),
Gentileza ler, participar e divulgar (abaixo). Essa causa é de todos nós!
"APOIO AOS
PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL DE BELO HORIZONTE
O
Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Infância e Educação Infantil – NEPEI, da
Faculdade de Educação da UFMG vem a público manifestar seu apoio às(aos)
professoras(es) que atuam nas Unidades Municipais de Educação Infantil (UMEI)
de Belo Horizonte, em greve desde o dia 14 de março de 2012. A luta dessas(es)
profissionais da educação pela unificação das carreiras de magistério é uma
luta por reconhecimento profissional e deve, no nosso entendimento, ser
apreendida como parte do processo de reconhecimento social da importância da
educação das crianças de 0 a
6 anos, direito reconhecido desde a Constituição Federal de 1988.
A
Prefeitura de Belo Horizonte, ao iniciar o processo de ampliação do atendimento
público em Educação Infantil
na cidade optou pela criação de um cargo paralelo à carreira do professor
municipal. Já naquele momento, chamamos a atenção para a inadequação dessa medida,
uma vez que nossa legislação reconhece a Educação Infantil como Primeira Etapa
da Educação Básica e define, sem sombra de
dúvida, que o profissional responsável pela docência nesse nível de ensino, é o
professor, para o qual determina a mesma formação exigida para o professor que
atua nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Com
a criação do cargo de educador infantil, com salários, carreira e benefícios
inferiores aos dos professores municipais, a PBH fere o princípio da isonomia,
além de indicar, a despeito das propagandas nas quais a Educação Infantil é
anunciada como prioridade no município, que essa etapa não recebe, do poder
público municipal, o mesmo reconhecimento que ele atribui ao Ensino
Fundamental.
O
trabalho do professor que atua com crianças nos primeiros anos de vida – o que
vale para a docência em outros níveis também – dedicando-se à formação humana,
fundamentada em conhecimentos científicos e habilidades construídas ao longo de
processos de formação e da prática profissional, reveste-se de grande
complexidade. Não se justifica, assim, a adoção de carreira desvalorizada em
comparação com aquela que se refere aos professores do Ensino Fundamental.
A
valorização dos professores, um dos elementos fundamentais para o
desenvolvimento de processos educativos de qualidade, está seriamente
negligenciada pela política educacional municipal. A mudança da denominação
Educador Infantil para Professor de Educação Infantil, e não a unificação da
carreira de Professor Municipal, constitui-se em flagrante desrespeito aos
direitos dos professores e das crianças, uma vez que as consequências da total
ausência de valorização e reconhecimento profissional repercutem diretamente na
qualidade da educação ofertada a elas. Para mencionar apenas um exemplo de consequências
desse tipo de medida, destaca-se a tendência à alta rotatividade de
professores. Ainda que esses profissionais
se identifiquem com essa etapa da educação, são levados a atuarem em
outras funções que lhes confiram um maior reconhecimento social e econômico. Essa
situação desfavorece o fortalecimento de uma cultura profissional e a
consolidação de projetos pedagógicos consistentes para essa faixa etária.
O
direito dos professores ao respeito, à dignidade e ao reconhecimento da
importância de seu trabalho, do ponto de vista simbólico e material, são
fatores que repercutem positivamente no desenvolvimento de projetos pedagógicos de qualidade. É isto que desejam e a que
tem direito a população de Belo Horizonte, especialmente as crianças de 0 a 6 anos de idade.
Diante
do exposto, solicitamos aos órgãos competentes, Ministério Público, Câmara de
Vereadores, Prefeitura Municipal de Belo Horizonte que tomem as devidas
providências para fazer valer esse direito,
Ademilson
Soares – Professor do Departamento de Administração Escolar. Pesquisador do
NEPEI/FaE/UFMG;
Isabel
de Oliveira e Silva – Professora do Departamento de Métodos e Técnicas de
Ensino - Pesquisadora do NEPEI/FaE/UFMG,
Iza
Rodrigues da Luz – Professora do Departamento de Ciências Aplicadas à Educação.
Pesquisadora do NEPEI/ FaE/UFMG;
Lívia
Fraga- – Professora do Departamento de Administração Escolar. Pesquisadora do
NEPEI/FaE/UFMG;
Maria
Cristina Gouvêa - Professora do Departamento de Ciências Aplicadas à Educação.
Pesquisadora do NEPEI/ FaE/UFMG;
Maria
Inês Mafra Goulart – Professora do Departamento de Ciências Aplicadas à
Educação. Pesquisadora do NEPEI/ FaE/UFMG;
Mônica
Correia Baptista – Professora do Departamento de Administração Escolar.
Pesquisadora do NEPEI/FaE/UFMG;
Rogério
Correia da Silva-– Professor do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino -
Pesquisadora do NEPEI/FaE/UFMG
Vanessa
Neves - Professora do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino -
Pesquisadora do NEPEI/FaE/UFMG,"
Rose
Salgueiro - (Socióloga/
UFMG. Consultora em Gestão Educacional, Formação de Professores e Autora de
Livros Didáticos aprovados pelo MEC. "Formación en Psicopedagogía Clínica
para Graduados" / E.Psi.B.A - Escuela Psicopedagógica de Buenos Aires/
Argentina (em curso).
Contato: rosesalgueirocursos@gmail.com
Apoiem vcs tb! Ajude-nos a divulgar principalmente para as famílias das crianças público da Educação Infantil de BH, Contagem e outros municípios para que compreendam a natureza e urgência dessa questão...
Enviem o apoio de vcs para: nepeifae.ufmg@gmail.com
É urgente!
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